O mundo de Sofia

Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões-postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece.

Resenha do livro:

Os mistérios dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste fascinante romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de “lição” em “lição”, o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental – dos pré-socráticos aos pós-modernos – ,ao mesmo tempo que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo surpreendente.

O mundo de sofia

Numa certa manhã de maio, pouco tempo antes de seu aniversário de quinze anos, Sofia encontra na caixa de correi um bilhete anônimo contendo apenas uma pergunta. Em pergunta simples e estranha: “quem é você?”. Mais estranhos são os postais que um major desconhecido começa a lhe enviar do Líbano: Sofia deve entregar os cartões a uma certa Hilde Knag, filha do major, que estará completando quinze anos exatamente no mesmo dia que ela. O problema é que Sofia não tem a menos ideia de quem seja Hilde Knag, tampouco ouviu falar sobre o major. Este, porém, vai demonstrar conhecer cada detalhe de sua vida.

A pergunta no bilhete e os misteriosos cartões farão que o romance vá se desenvolvendo em dois planos distintos. Um professor de filosofia se encarrega de ir apresentando a Sofia, numa linguagem viva e transparente, os principais capítulos da história do pensamento ocidental. O leitor participa desses sobrevoos filosóficos – as ideias centrais de sistema aparentemente impenetráveis vão sendo expostas numa série de lições que Sofia recebe em forma de cartas ou de conversa devidamente ambientadas. O autor lança mão, nesse ponto, de odo e qualquer recurso capas de tornar mais clara e saborosa uma tese abstrata. O brinquedo Lego ajuda na exposição das doutrinas de Demócrito. Uma fita de vídeo leva Sofia (e o leitor) diretamente à Grécia antiga, onde Platão, em pessoa, será entrevistado. Fôrmas de bolo ajudam a compreender a teoria platônica das ideias.

As lições e filosofia vêm emolduradas pelo cotidiano de menina. E, aqui, a presença dos cartões-postais do Líbano e da misteriosa Hilde Knag é cada vez maior. Objetos pessoais de Hilde começam a aparecer. O major parece estar a par de cada um dos passos de Sofia e de seu professor. A relação entre ambos vai sendo cada vez mais invadida por aquela história paralela. Cada vez mais se evidencia a existência de alguma relação entre o conteúdo das aulas e um certo presente de aniversário que o major enviará a sua filha. Finalmente, na aula sobre Berkeley, o presente chega a seu destino. Hilde está em sua cama. Abre o presente. O mundo de Sofia finalmente revela seus segredos ao leito – e um novo livro, ali, começa a ser contado.

Jostein Gaarder, norueguês, nasceu em 1952; estudou filosofia, teologia e literatura. A partir de 1991 ganhou projeção internacional com O mundo de Sofia. De autoria de Gaarder, a Cia. Das Letras também publicou O dia do Curinga, Vita brevis, Através do espelho, Mistério de natal, O livro das religiões (em parceria com Victor Hellern e Henry Notaker), Maya, O pássaro raro, A biblioteca mágica de Bibbi Bokken (em parceria com Klaus Hagerup), O vendedor de histórias, A garota das laranjas e O castelo nos Pirineus. Pela companhia de Letrinhas, saíram Ei! Tem alguém aí? e O castelo do príncipe sapo.

Leia também